Quase um adeus


Não queria te deixar ir, apesar de precisar fazê-lo. Entretanto, precisava também, lidar corretamente com o fato que você não está mais aqui. Que uma hora ou outra, vou ter que me abrir para um novo alguém. Que tenho beijar alguém, sem pensar em você. Você está tão diferente. Contudo, no fundo- bem no fundinho- , sei que aquele cara que me ganhou com aquele sorriso lindo, existe em você. Em algum lugar bem secreto, um lugar que já conheci um dia...
 Nossas realidades são tão diferentes, hein?! Enquanto você tem sua liberdade completa, a minha é parcial.Enquanto me preocupo com provas e me estresso com aquela turminha chata da escola, você tem stress do tralbaho. Enquanto curso o médio, você acabou de formar na faculdade – nem preciso, dizer que será o melhor em sua profissão né?!- , você vai trabalhar sozinho dirigindo seu carro, e eu preciso de carona pra ir pra escola! Deve ser incrível ser tão livre ,não é?
Tenho plena consciência que aquele não foi o nosso momento. Ah, como eu queria que fosse... Você me completava de  maneira assustadora.Na verdade, me entendia de forma assustadora. Éramos completamente opostos, mas nos encaixamos muito bem;  Mas apareceu no momento certo pra mim. Resgatou-me de mim mesma e me mostrou como enxergar novas oportunidades. Me ensinou a destacar uma agulha pequenina num palheiro prata imenso.    
Sabe, a última coisa que tenho de você é raiva ou mágoa. Por mais que eu queira trazer à tona as coisas ruins, os momentos bons vencem a batalha e prevalecem sobre os outros. 
Sabe, não sou totalmente sincera comigo e com os outros quando me perguntam sobre meus sentimentos em relação à você. Porque, por mais que sinta, não posso assumir . Isso seria traição, de acordo com meu orgulho e amor próprio. Então, deixo como está. Tudo bem escondido num lugar que nem sei onde se encontra.
 Adoro ficar lembrando tudo. Talvez não consigo esquecer por isso. Por ter sido tão rápido e tão intenso, pra mim foi. Você foi tão filho da mãe que me deixava insegura. E eu nunca fico assim perto de outros caras. Nunca mesmo.  Me deixava com um frio na barriga e as pernas parecendo duas pilastras em meio à um terremoto. Você tinha o controle sobre tudo, não eu. Eu não sabia seus próximos passos e mesmo passando horas treinando coisas inteligentes para falar quando estivesse contigo para te impressionar, era só você aparecer e ‘’puft’’ .. tudo evaporava. Eu ficava tão idiota! Não ficava?
Sempre, você será, pra mim , aquele cara que, mesmo todos dizendo que não é bom  e que vai me machucar uma hora, conseguiu me deixar  com borboletas no estômago só de pensar em te ver. E que deixou minha pele em chamas com seu toque. (Isso não acontece mais, okay?) 
 Vai ser aquela partida impetuosa de roleta russa. Sim, aquela que resultou em uma grande e inesquecível marca em mim.

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